31 de outubro: Dia da Reforma Protestante
31 de
outubro – Dia da Reforma Protestante. Esta data marca, segundo da tradição
luterana, o acontecimento de Martinho Lutero, teólogo e monge agostiniano,
pregando as 95 Teses nas portas da Igreja do Castelo, em 31 de outubro de 1517,
em Winterberg, Alemanha. As 95 Teses são listas de proposições contra várias
práticas que a Igreja Católica Apostólica Romana estava realizando, principalmente
em relação à venda de indulgências.
As indulgências eram documentos que tinham por finalidade reduzir a punição temporal de pecados cometidos pelos próprios compradores ou por algum de seus entes queridos no purgatório. Nas Teses, Lutero afirmou que o arrependimento requerido por Cristo para que os pecados sejam perdoados envolve o arrependimento espiritual interior e não meramente uma confissão sacramental externa (Wikipédia).
Por ter se
recusado a se retratar pelos seus escritos as práticas da Igreja, a pedido do
Papa Leão X em 1520 e do imperador Carlos V na Dieta de Worms em 1521, Luterano
foi excomungado da Igreja Católica Apostólica Romana pela bula papal Decet
Romanum Pontificem. A partir disso, ele e seus seguidores dariam origem à
tradição teológica luterana.
Todavia, Lutero não foi o único a protestar – por isso são chamados de protestantes – contra da Igreja Católica Apostólica Romana. Através de outros reformados, como João Calvino, foi desencadeado um grande processo de surgimentos de novas vertentes teológicas, filosóficas, e denominacionais dentro do Cristianismo Protestante: anglicanismo, presbiterianismo, metodismo, movimento batista, adventismo até chegarmos no pentecostalismo e no neopentecostalismo.
Para mim,
como cristão evangélico-protestante, celebrar a Reforma é celebrar a
diversidade de pensamento e posições filosóficas e teológico-políticas dentro
da fé cristã. Porém, não devemos esquecer de todos que foram mortos por isso:
protestantes mortos por católicos e católicos mortos por protestantes. Sou
protestante e busco uma fé cristã ecumênica para a perfeita unidade da Igreja,
não como uma instituição sócio-política, mas como o Corpo Místico do Nosso Senhor Jesus Cristo, contemplando toda a diversidade dela.
Por Alexandre Dettmann Kurth, graduando em Licenciatura em Matemática pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes). Cristão católico apostólico evangélico episcopal anglicano entusiasta da Filosofia, da Teologia e das Ciências das Religiões e simpatizante de religiões asiáticas, como o Sanatana Dharma, o Buddha Dharma e o Taoísmo.
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