Ascensão do Senhor e a Espera de Pentecostes: Deus conosco para Deus em nós!
Nesta quinta-feira,
quarenta dias após o Primeiro Domingo da Páscoa e dez dias antes do Domingo de
Pentecostes, celebramos, no cristianismo ocidental, o Dia da Ascensão do Senhor
Jesus Cristo. Durante este dia, cogitei muito sobre o que iria escrever acerca
desta da tão especial para nós, cristãos, discípulos de Jesus, o qual temos
como nosso Senhor e Salvador e cremos como o Verbo Eterno de Deus, por meio do
qual todas as coisas foram criadas; como o Filho Unigênito de Deus, gerado, não
criado, da substância eterna do Pai; como o Ungido de Deus, que tira o pecado
do mundo; e como o filho da Virgem Maria, Portadora de Deus (Theótokos), por
meio do qual veio a nós como ser humano.
O Filho, coeterno e
consubstancial ao Pai e ao Espírito Santo, que subexiste na Eternidade,
penetrou o espaço-tempo e assumiu nossa natureza humana, formando a perfeita Pessoa
de Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, de corpo humano e alma
humana: uma única Pessoa com duas naturezas distintas (humana e divina). Tendo
sua natureza humana concebida no ventre da Virgem Maria, a Portadora de Deus,
por intervenção do Pai pelo Espírito Santo, nosso Senhor e Salvador nasceu,
cresceu, viveu, transmitiu seu ensinamentos e morreu como um ser humano. Não
só: após sua morte carnal e sua descida ao Hades, Ele ressuscitou de corpo e
alma, isto é, mantendo sua natureza humana. “Tomados pelo medo, os discípulos imaginavam que estavam vendo um espírito.
Mas Jesus lhes disse: ‘Por que vocês estão perturbados e porque estão com esses
questionamentos em seus corações? Olhem minhas mãos e meus pés: sou eu!
Toquem-me e entendam que um espírito não tem carne nem ossos, eu, por outro
lado, como vocês estão vendo, tenho” (Lc 24:36-39).
Após sua ressurreição
dentre os mortos, Jesus ainda passou quarenta dias na Terra transmitindo mais
ensinamentos. Como descrito por São Lucas no único livro de Atos considerado
canônico pela tradição eclesiológica, tanto católica quanto protestante, Jesus
ordenou aos seus discípulos que não se afastassem de Jerusalém, mas que
aguardassem a promessa do Pai: serem batizados com o Espírito Santo (At 1;4-5).
Lembremos-nos do que fora dito por Cristo: “Eu pedirei ao Pai e Ele vos dará outro Auxiliador, o Espírito da
Verdade, que estará com vocês sempre” (Jo 14:16). Esta promessa foi
cumprida no Dia de Pentecostes, dez dias após sua ascensão.
“Estando reunidos, assim interrogaram Jesus:
‘Senhor, é agora o tempo que em que irás restaurar a realeza em Israel?’ E ele
respondeu-lhes: ‘Não compete a vocês conhecer os tempos e os momentos que o Pai
fixou com sua própria autoridade. Mas recebereis uma força, a do Espírito Santo
que descerá sobre vocês, e vocês serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda
a Judeia e a Samaria, e até os confins da terra’. Dito isso, foi elevado à
vista deles, e uma nuvem ocultou a seus olhos. Estando a olhar atentamente para
o céu, enquanto ele se ia, dois homens vestidos de brancos encontraram-se junto
deles e lhes disseram: ‘Homens Galileia, por que estão aí olhando o para o céu?
Este Jesus, que foi arrebatado dentre vós para o céu, assim virá, do mesmo modo
como vistes partir para o céu’ ” (At 1:6-11).
Por Alexandre Dettmann Kurth, graduando em Licenciatura em Matemática pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes). Cristão católico apostólico evangélico episcopal anglicano entusiasta da Filosofia, da Teologia e das Ciências das Religiões e simpatizante de religiões asiáticas, como o Sanatana Dharma, o Buddha Dharma e o Taoísmo.

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